Rio Paiva

Pedra na Mão
Rio Paiva

Quantos dias no meu rio
Quantas trutas apanhei
Quantas lágrimas lambi
Quantos calhaus levantei
Sempre à procura de ti
Todos os anos a ver
O Paiva a correr na dorna
Neste não deu logo torna
Procurando a tua forma
Que um dia terá que ser
Sabia que também querias
E correste até não crer
Que alguma vez me encontravas
Mas sabe-se lá que caminhos
Que colisões, que tangentes
Em quantos ninhos dormiste
E quantos sonhos pendentes
Que paisagens submersas
viste tu quando sem pressas
No fundo da mesma água
Que quando calma te acalma
E te deu a perfeição
Dessa forma sensual
De qualquer forma perdida
Mas finalmente encontrada
Na minha mão acolhida
A minha pedra rolada

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